Depois do sucesso de serviços online através de assinatura mensal como Netflix (onde temos acesso ao streaming de uma numerosa quantidade de séries, filmes, animes e documentários), Spotify (streaming de músicas) ou Kindle Unlimited (biblioteca de livros digitais), a fórmula está a caminho dos videojogos e dos desportos, prometendo revolucionar todo o mercado destas indústrias e a forma de venda dos seus conteúdos.
Em junho deste ano, a Microsoft lançou um novo produto: o Xbox Game Pass (disponível para a consola Xbox One). O modelo replica a estratégia que vem sendo utilizada por outros serviços, com os subscritores a terem acesso ilimitado a mais de uma centena de jogos por uma mensalidade de 9,99€. Nesta lista podemos encontrar títulos como Halo 5, Gears of War ou NBA 2k16, entre outros. Os jogos são descarregados para o disco da consola e poderão ser jogados sem restrições (apenas no caso de se pretende jogar em modo online é que se torna necessário ter também o serviço Xbox Live Gold).
Imagem © Xbox
Embora sem divulgar o período e a frequência com que vai adicionar/retirar jogos da plataforma, a Microsoft permitirá que os utilizadores tenham desconto na compra de um jogo que venha a ser retirado do catálogo. O Xbox Game Pass foi bem acolhido pelos utilizadores da consola, copiando um pouco o que a Electronic Arts já fazia com o seu EA Access (serviço que disponibiliza vários videojogos produzidos pela empresa responsável pelo famoso simulador de futebol FIFA), mas integrando títulos de diferentes produtoras. Espera-se que a oferta e a qualidade do catálogo aumente, assim como uma resposta da parte da Sony. Irá replicar a fórmula para a sua PlayStation, acrescentando também os seus jogos exclusivos? Ou aparecerá uma plataforma que sirva os clientes de ambas as marcas? A resposta não deverá tardar.
No mundo do desporto, ficamos a conhecer também o Sportflix, plataforma que iniciará no final deste mês de agosto, no dia 30. Embora não esteja disponível no nosso país, a ideia será lançada em países como Brasil, México, Argentina, Estados Unidos, Espanha, Itália, Alemanha, França e Inglaterra com preços entre os 17€ e os 25€. A Sportflix não irá ter filmagens próprias ou estruturas de gravação nos jogos que transmite, irá sim retransmitir emissões das cadeias televisivas que têm os direitos das competições. Os assinantes poderão ver jogos em direto ou em diferido.
Imagem © Sportflix
Entre os conteúdos desportivos que se poderão encontrar na plataforma estão o futebol (Liga dos Campeões, Liga Europa, Mundial de Clubes, Copa Libertadores, Copa Sudamericana, Champions da CONCACAF, assim como campeonatos de Inglaterra, França, Itália, Alemanha, Espanha, Argentina, México, Estados Unidos e Brasil, entre outras competições), basquetebol (NBA), hóquei no gelo (NHL), futebol americano (NFL), golfe, Fórmula 1 ou Jogos Olímpicos. No entanto, o serviço não foi bem recebido pelos detentores dos direitos televisivos e há algumas dúvidas sobre se algumas negociações terão final feliz.
Embora Portugal se encontre fora da cobertura inicial do Sportflix, esperemos que seja por pouco tempo. Estes dois novos serviços, assim como outros que começa a surgir, caminham para um futuro que passa cada vez mais pela partilha de conteúdos a baixo custo. Uma forma também de combater a pirataria, em que as editoras e estações de televisão não saem prejudicadas.
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