A fotografia faz parte da nossa história e a sua principal função é precisamente a de imortalizar uma experiência, paisagem, evento ou pessoa. Esta tecnologia não é particularmente recente e a sua origem não parte da mão de um único inventor. Joseph Niépce pode ter sido um dos primeiros mas com o passar do tempo o processo foi aperfeiçoado até aos dias hoje, passando de 8 horas de sol necessárias para captar um momento até uns míseros décimos de segundo. Passámos de revelar as nossas fotografias em papel sem a possibilidade de vermos o fantástico que ficaram (ou não!) para a fotografia digital onde, em boa verdade, as possibilidades são ilimitadas.
Hoje, no mercado, são variadas as marcas disponíveis e há milhares de modelos de câmaras fotográficas, mais ou menos profissionais, carregados de opções, alta qualidade e resolução. Elas são Leicas, Canons e Nikkons, mas e o que dizer dos nossos smartphones?
Não é possível dizer que um smartphone é capaz de ultrapassar uma câmara DSLR, uma câmara profissional, mas em boa verdade, os resultados que podemos obter são mais do que suficientes e agradáveis até para alguém com um olho experiente. Os nossos telemóveis vêm carregados de opções automáticas, algoritmos avançados de processamento de imagem, armazenamento expansível, apps de edição e já para não falar de um novo mercado de acessórios para fotografia com smartphones. Sabendo que os nossos smartphones são mais limitados, em comparação com uma câmara fotográfica, o que podemos fazer para melhorar as nossas fotografias?
O primeiro passo é a escolha do terminal. Nem sempre a resolução é garantia de maior qualidade, ajuda claro, mas no final de contas trata-se de uma conjugação de vários fatores e até de gosto pessoal. Orçamento disponível, processamento de imagem, espaço de armazenamento, dimensão dos sensores e estabilização ótica são variáveis a ter em conta. Principalmente o orçamento…
Algo que esquecemos facilmente é a limpeza da câmara. O nosso telemóvel quase que pode ser considerado um segundo apêndice, vivemos sem ele, mas anda sempre connosco. Facilmente se suja nas nossas mãos que usamos para tudo e mais alguma coisa. Um pano de microfibras faz bem o trabalho.
Um outro ponto é a exposição à luz. Algo em que os smartphones são claramente inferiores é com fotografias em espaços mal iluminados, têm mais dificuldade em captar a luz existente. Tendo isto em conta, a melhor sugestão é procurar locais bem iluminados, preferencialmente com luz natural, durante o dia. À noite não temos essa possibilidade, mas por vezes fontes de iluminação como a luz de uma loja ou um poste de iluminação na rua são melhores do que o flash do smartphone, por vezes demasiado forte.
Por último e, talvez, mais importante, é a composição da nossa imagem. É nesta fase que se distinguem as boas fotografias das espetaculares. O melhor conselho é tentar mostrar o que estamos a ver de uma maneira pessoal e única. O mesmo momento pode ser interpretado de várias maneiras, dependendo de quem o vê. Algumas regras básicas podem ajudar a uma melhor composição. Uma dica rápida é colocar as linhas de grelha no nosso ecrã e seguir, talvez, a regra dos terços. Ou seja, retiramos o nosso sujeito da fotografia do centro e colocá-lo numa das interseções da grelha. Antes de clicar verifique os cantos do ecrã, pode haver algum elemento indesejado que irá criar nada mais que ruído. Padrões e linhas são formas rápidas de criar uma fotografia mais apelativa aos nossos olhos quando bem aproveitados.
Em jeito de conclusão, o melhor conselho é sempre ser original. Os nossos smartphones podem não ser câmaras profissionais, mas são cada vez mais capazes, com a ajuda do nosso olho e de algumas regras básicas do mundo da fotografia podemos ter umas imagens das quais nos podemos sentir orgulhosos.
0 Comentários
Dê a sua cartada.