A cidade de Granada, na região da Andaluzia, é o local perfeito para os amantes da influência árabe. Passear nas ruas desta cidade da província espanhola é não ter dúvidas de que se trata da antiga capital dos reinos muçulmanos. Mas também é ter a possibilidade de ver o melhor de dois mundos: a neve da Sierra Nevada e o mar de águas amenas do Mediterrâneo.
Nesta minha breve incursão, escolhi o moderno e confortável Hotel Carmen, localizado bem no centro da cidade, em que destaco o excelente pequeno-almoço e o preço razoável.
A partir dali, e num pequeno passeio a pé, facilmente chegamos ao centro histórico e encontramos a majestosa Catedral de Granada, construída sobre uma mesquita, com influências renascentistas assentes em fundações góticas. Logo ao lado, temos a Capela Real, um edifício de linhas únicas e bem características da cidade.
Ainda no centro histórico, para além de outros pontos importantes, podemos vislumbrar uma vasta área de comércio que se prolonga por várias ruas. É incrível constatar que a partir das 18 horas as ruas enchem-se com as pessoas a saírem dos seus trabalhos, para irem fazer compras, sair com os seus amigos ou jantar fora.
É caso para dizer que Granada tem uma ‘movida’ excelente e as suas tapas são de “comer e chorar por mais”. Na verdade, o ritmo de “tapear” entra-nos inconscientemente na alma e quando damos por nós já provamos uma mistura de ovos fritos com presunto e batatas fritas, carne de porco aos bocados com molho de tomate ou petinga frita com legumes assim como enchidos ou queijos.
Para quem não aprecia este tipo de refeição e pretender algo mais calmo, nada como experimentar o “Panoramic 360”. Trata-se do primeiro restaurante panorâmico e giratório de Espanha com uma vista noturna divinal sobre a cidade e sobre as montanhas da Sierra Nevada.
Já falei um pouco sobre a cidade e a sua gastronomia e para o fim deixei a parte mais importante, a visita ao monumento declarado Património Mundial da Humanidade e considerado o mais importante de Espanha.
De volta ao passeio, e antes da visita do Palácio, decidi visitar o bairro de Albaicín, conhecido pela sua arquitetura de origem muçulmana. Dentro do bairro sentimos que entramos noutra realidade: ruas estreitas, casas maioritariamente brancas, monumentos misturados com casas que, na verdade, são denominadas de “Carmen” que se caracterizam por muros altos à volta da casa e com um pequeno jardim. Albaicin permite-nos através do seu “mirador de los Carvajales” apreciar no seu esplendor a silhueta do Alhambra(complexo palaciano e fortaleza) no outro lado da montanha.
Chegando a Alhambra perdemo-nos nas hipóteses de visitas. Desde os palácios ao Generalife, onde tem um edifício palaciano juntamente com jardins e hortas, sendo considerada a zona de descansos dos reis, as torres de vela ou de vigia, sendo que nesta última pode-se mesmo subir e usufruir de uma bela vista, desta vez para Albaicin.
Os palácios luxuosos, reconstruídos e bem conservados ao longo da sua história, são descritos pelos mouros como “uma pérola encastrada em esmeraldas”, sendo algo quase indescritível. À medida que caminhamos pelas salas do palácio, ficamos deslumbrados com os elementos decorativos em referência à cultura muçulmana e misturada com a cristã nas partes reconstruídas pelos reis espanhóis. Para quem passa pela Andaluzia, Granada é uma bela opção.
0 Comentários
Dê a sua cartada.